John Maddog apresenta na Campus Party o Projeto Cauã que ainda prevê a cobertura wi-fi de todas as grandes cidades brasileiras e a geração de 2 milhões de empregos
John Maddog Hall é defensor do software livre e está à frente do Projeto Cauã |
Você sabe um pouquinho de computadores? Quer ganhar um salário de R$ 4000 mensais com tempo de sobra para gerar até mais R$ 4000 de renda extra? Isso parece uma daquelas propagandas mandadas por email ou coladas em pontos de ônibus na cidade, mas é como o carismático John Maddog Hall começou sua palestra na Campus Party. Maddog é um conhecido defensor do software livre. É executivo da Linux International que se dedica à promoção de aplicações de software aberto. Está no Brasil para apresentar um projeto ambicioso e, à primeira vista, utópico batizado de Projeto Cauã.
O projeto envolve tanto software quanto hardware e foi desenhado com dois objetivos: gerar empregos para pessoas interessadas em se tornarem administradores de sistemas e literalmente transformar o modo como os habitantes de grandes cidades no Brasil e na América Latina acessam a Internet.
Os pontos principais do projeto envolvem computadores fáceis de usar (que ele chama de thin-clients) e mais amigáveis com o meio-ambiente – com menor consumo de energia, mais duráveis e com partes recicláveis; acesso WiFi gratuito nas grandes áreas urbanas e supercomputação gratuita ou a baixo custo ao alcance de todos; tudo isso embalado em um pacote economicamente sustentável, sem usar um centavo de dinheiro público. Por que fazer isso?
Um dos pilares do projeto está na inclusão digital em duas frentes. Para Maddog, os computadores de hoje são muito difíceis de serem usados e pouco confiáveis e a cada falha dinheiro é perdido tanto para empresas quanto para pessoas. A frustação de não saber lidar com esses erros faz muita gente desistir de usar os computadores – pense nos seus pais ou nos seus avós tentando lidar com um travamento.
Isso seria resolvido com duas soluções: construir computadores mais simples e confiáveis, além de treinar e capacitar pessoas para resolverem rapidamente possíveis problemas e para ajudarem aos que mais tem dificuldade de lidar com a máquina.
A estrutura sonhada por Maddog é digna de um filme de ficção científica.
Servidores de baixo custo desenvolvidos especialmente para serem mais duráveis e econômicos seriam instalados em todos os prédios das grandes cidades. Essas máquinas serviriam ao mesmo tempo como banco de dados e fonte de acesso à internet para todos os moradores ou condôminos do prédio – além de quartos de hotel e escritórios.
Em cada apartamento haveria um computador ligado a esse servidor. Esse computador seria a base para um centro de informações local com acesso à internet de alta velocidade (na casa dos gigabits por segundo), TV digital sem fio, Rádio e TV por IP, Telefonia por IP, controle de luzes e o que mais for possível controlar em casa com um computador.
A velocidade na internet seria tanta que haveria a possibilidade de simplesmente deixar a banda Wi-fi livre para que qualquer pessoa pudesse ter acesso à conexão em qualquer lugar da cidade. “Mas e meus dados?”, você pode perguntar.
Como o computador de casa não teria disco, todos os dados seriam criptografados e guardados no servidor. Documentos importantes que precisam ser vistos em outros lugares podem ser salvos em nuvem. É claro que a criptografia precisaria ser muito bem desenhada.
Fonte: http://tecnologia.br.msn.com/noticias/artigo.aspx?cp-documentid=27316783
Fonte: http://tecnologia.br.msn.com/noticias/artigo.aspx?cp-documentid=27316783
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